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Previous:M.4 O que poderá fazer um capelão militar por mim?
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M.5 Como posso viver minha fé em ação / em missão? Como posso ajudar os incrédulos? Posso chorar quando estiver em perigo ou triste?

Fé & ação

Mesmo em missão ou em ação, podes viver a tua vocação, a tua vida com Deus. Apesar da fome, cansaço e medo, não estás sozinho: Deus está contigo. Esta certeza pode dar-te a calma e a segurança de que precisas para ti e para os outros. Não te cabe a ti converter os outros: somente Deus pode mudar os seus corações. A melhor maneira de ajudar os outros é seres fiel à tua vida cristã. Quanto mais aperfeiçoares a tua vivência cristã, melhor testemunha de Cristo serás todos os dias.

Às vezes, é bom esconder sentimentos e engolir as lágrimas, pois outra coisa precisa ser feita primeiro. Mas assim que terminares, não tenhas medo de chorar, pois é natural expressares a tua tristeza ou dor dessa maneira. Até Jesus chorou, em certos momentos (João 11,35; Lucas 19,41).

Na ação militar, vive a tua fé dedicando-te totalmente à tua tarefa. Assim, também ajudas os outros. E... homens de verdade militares choram!
A Sabedoria da Igreja

O que pensa Jesus da não-violência?

O comportamento não violento tem para Jesus um valor elevado; Ele exorta os seus discípulos: "Não resistais ao homem mau! Mas se alguém te bater na face direita, oferece-lhe também a esquerda" (Mt 5,29). Jesus desaprova São Pedro que O queria defender com violência: "Mete a tua espada na bainha!" (Jo 18,11). Jesus não apela às armas. Ele cala-Se diante de Pilatos. O Seu caminho é estar ao lado das vítimas, ir até à cruz, redimir o mundo pelo amor e clamar felizes os pacíficos. Por isto, a Igreja respeita as pessoas que, por motivo de consciência, rejeitam o serviço das armas, mas se colocam ao serviço da comunidade [Youcat 397].

Isto é o que dizem os Papas

“Populorum progressio de Paulo VI. Ela, desenvolvendo a visão cristã da pessoa, realçou a noção de desenvolvimento humano integral e propô-la como novo nome da paz. Neste memorável e atualíssimo Documento o Papa ofereceu a fórmula sintética e feliz segundo a qual «o desenvolvimento não se reduz a um simples crescimento económico. Para ser autêntico, deve ser integral, quer dizer, promover todos os homens e o homem todo» (n. 14). Por conseguinte, é preciso antes de tudo rejeitar a cultura do descarte e cuidar das pessoas e dos povos que sofrem as desigualdades mais dolorosas, através de uma obra que saiba privilegiar com paciência os processos solidários em relação ao egoísmo dos interesses contingentes. Trata-se ao mesmo tempo de integrar as dimensões individual e social através da aplicação do princípio de subsidiariedade, favorecendo a contribuição de todos como indivíduos e como grupos. Por fim, é necessário promover o humano na sua unidade inseparável de alma e corpo, de contemplação e ação” [Papa Francisco, no Simpósio sobre o desarmamento integral, 10 Nov. 2017].